quinta-feira, 18 de abril de 2013


O  filme
 
Passageiros 
 
Após um terrível acidente aéreo, Claire uma jovem  terapeuta, é designada por seu mentor para dar orientação psicológica aos cinco passageiros sobreviventes. As dificuldades de Claire em assumir a tarefa se tornam ainda mais complexas quando ela é confrontada por Eric, um passageiro que recusa sua ajuda e em vez disso, usa o acidente como desculpa para infringir as regras e cortejá-la, abertamente. À medida que Claire se esforça para manter uma distância profissional de Eric, seus outros pacientes lutam contras as dificuldades pelas lembranças do acidente, contrárias às explicações oficiais fornecidas pela companhia aérea. Depois que vêm  as recordações à tona  de uma possível explosão em pleno ar, os passageiros começam a desaparecer misteriosamente e Claire desconfia que a empresa aérea esteja por trás disso. Querendo  revelar a verdade, ela é profundamente envolvida numa conspiração e num relacionamento com Eric o que, em breve, irá culminar num desfecho explosivo do destino.
O  filme  mostra que devemos aceitar o  que está acontecendo com nós mesmos para aprendemos a lidar com os nossas dificuldades, para apreender, a lidar com o ser humano. A atriz não teve uma postura correta enquanto terapeuta, porque aceitou um relacionamento com seu paciente. Sendo assim o papel dela seria encaminha-lo para outra terapeuta, mas é um filme e nele foi observado que a atriz, não aceitava a sua morte. 



 
 
 
 

segunda-feira, 8 de abril de 2013


ADOLESCÊNCIA E SEXUALIDADE: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO EM UMA ESCOLA DE PORTO VELHO – RO

Este artigo se deu início a partir de um levantamento de dados realizado em Porto Velho – RO devido haver um alto índice de gravidez na adolescência, tendo um quantitativo de 27, 90% de gestantes com idade abaixo de 20 anos. Outro fator referente a tal pesquisa é devido ter uma inexistência de programas de conscientização da gravidez precoce na capital.

Partindo desse pressuposto, a relevância da pesquisa ocorreu em uma escola pública, e os entrevistados foram adolescentes de 12 a 17 anos. Oferecendo à eles orientação sexual, gravidez precoce e doenças sexualmente transmissíveis.

A Sexualidade na adolescência

A adolescência é um momento de grandes transformações biopsicossociais, e na maioria das vezes é nessa fase que costuma ocorrer a iniciação sexual, muitas vezes sem orientação prévia de um adulto responsável que possibilitaria ao adolescente fazer escolhas conscientes, considerando desejo, prazer e risco.

A respeito da iniciação sexual do adolescente masculino, estudos mostram que a precocidade das primeiras experiências sexuais ocorrem em função da necessidade de auto-afirmação da masculinidade, cuja meta é “mostrar-se homem”, além de haver a crença de que o homem não possui e não deve possuir controle sobre seus impulsos, do contrario, pode ser considerado menos másculo.

A ocorrência da iniciação sexual acaba tornando o adolescente, de certa forma, vulnerável. Sendo que a intensidade dos riscos é proporcional ao clamor dos hormônios e dos discursos que estimulam a busca pelo prazer sexual a cada instante.

A Sexualidade dos Jovens Brasileiros

Pesquisas feitas aqui no Brasil no ano de 2008 com jovens de 15 a 24 anos, 30,1 % afirmaram não ter utilizado preservativo na primeira relação sexual. Acarretando assim riscos enormes de DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis). Em função disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça a diretriz de que é preciso ter estratégias para a promoção da saúde como o enfoque na educação profilática, com políticas que estimulem ações comunitárias e orientações em serviços de atenção básica.

Resultados da Pesquisa e Discussão

1.     Perfil dos sujeitos da pesquisa

Os adolescentes que fizeram parte da pesquisa declararam residirem com o pai, a mãe e outras pessoas. No entanto, 27 % deles declararam morar apenas com a mãe. Quanto à renda familiar não ultrapassam dois salários mínimos mensais, corroborando os dados oficiais sobre o baixo poder econômico da população local. Ou seja, o perfil dos adolescentes pesquisados podem ser resumidos em pessoas pertencentes a classes sociais desfavorecidas, e cujos pais em sua maioria, cursaram até o ensino fundamental, mas muitos não concluíram esse nível escolar e estão limitados a ofertas de empregos/ocupações que os impedem de alcançar melhoria salarial.

2.     Aspectos da vida afetivo-sexual: fontes de informações e apoio

Foi perguntado aos adolescentes qual o meio utilizam para obter informações sobre sexo. Entre os meninos prevaleceu a resposta (61,1%) de que os pais seriam a principal fonte de informação; entre as meninas (52,9 %) declararam utilizar livros e revistas para esta finalidade e 38,2 % afirmaram também correr aos pais. Como as perguntas da pesquisa permitiam mais de uma resposta, há também o registro de fonte de informações como a internet e profissionais da área da saúde ou da educação dentre outras, porém com números menos expressivos.

3.     Avaliação dos adolescentes sobre os riscos e as conseqüências do sexo

A pesquisa também abordou questões relativas à concepção que os adolescentes possuem dos riscos inerentes ao ato sexual, e quando indagados sobre alguma situação vivida em conseqüência da relação sexual, tais como gravidez indesejada ou uma DST, seja para si mesmos ou para alguém que conhecessem, apareceram, no cômputo total, 28% dos meninos e 9% das meninas que declararam ter tido pelo menos uma gravidez indesejada em função de não terem usado métodos anticoncepcionais.

No que se refere à gestação indesejada entre as adolescentes, estaria o fato de elas não conseguirem controlar o desejo de fazer sexo ou porque não imaginavam que engravidariam. Não saber usar a camisinha, ou não gostar de usá-la, foi apontado como uma das causas.

4.     Vida afetiva: eles querem pegar/ficar; elas querem namorar/casar

Os garotos foram quase unânimes em suas respostas do questionário, indicando a pratica do ficar como uma opção declarada para as experiências afetivas e amorosas. Algumas frases ditas por eles foram: “Nunca namorei sério”, “Foram apenas Beijinhos”, “Às vezes agarro, sem relacionamento sério”, “Eu gosto de ficar”, etc.

Os rapazes de 12 à 15 anos, referem-se a relacionamentos mais voltados para beijos, carícias ou amassos como condutas típicas do ficar. Já entre adolescentes de 16 e 17 anos, o ficar ganha a conotação e a possibilidade de sexo, e a expressão passa a ser substituída pelo pegar.

Em relação às meninas, uma parte delas demonstra pudor e preocupação em não se tornarem “apenas” uma garota “de ficar” aos olhos dos meninos. Preocupam-se também em poder relatar as experiências amorosas decorrentes de relacionamentos mais sérios e duradouros. Conquistar o status de namorada e um dia casar, revelou-se como um sonho presente em vários relatos dentre as garotas pesquisadas. Elas usaram a expressão: “Não sou de ficar”, “Prefiro ser uma namorada, em vez de ficante”, “Sou uma menina para casar”, etc.

5.     Experiênciassensuais/sexuais: eles citam, elas descrevem

 Os adolescentes foram questionados sobre as experiências de contato corporal – como beijos, abraços, etc – que tiveram, e a idade que ocorreu pela primeira vez. Em relação às experiências mais direcionadas ao sexo, apareceram com ênfase nos textos dos adolescentes masculino, inclusive com um retrato de participação de sexo grupal.

Os garotos relataram experiências de forma gradativa quanto à intensidade/intimidade, começando por selinhos até a descrição de terem feito sexo oral e anal.

A pesquisa com as meninas tiveram algumas variações em relatos dos meninos. A primeira diferença foi na forma do conteúdo anunciado; enquanto eles citam as experiências vividas, elas buscam descrevê-las e justificaram suas escolhas, por exemplo, o fato de ainda não terem beijado ou feito sexo. Muitas admitem serem virgens e justificaram não responderem algumas respostas por não terem tido experiências sexuais. Algumas delas coloram que nunca teria beijado só abraçado. Outras afirmavam que só beijava e nada mais.

No entanto, outro grupo de garotas não teve nenhuma dificuldade de colocar que tiveram relações pela primeira vez aos 12 anos ou até mesmo antes dessa idade; como o caso de uma menina de 10 anos que perdeu sua virgindade, e diz não se arrepender. 

Diante da pesquisa foi possível observar que mesmo em tempos modernos, parece persistir nas meninas o discurso romântico em torno dos encontros e desencontros entre os sexos, enquanto os meninos relatam relacionamentos sem menção de compromisso.

O artigo mostrou também que mesmo em tempos de doenças transmissíveis existe uma falha nas políticas de atenção aos jovens. Em Porto Velho a um índice de partos entre adolescente que apontam 25% dos registros.